terça-feira, 10 de junho de 2008

Pipoca e guaraná, um programa a dois


Como é de praxe, Dia dos Namorados chegando tem de ter uma listinha dos melhores filmes para assistir a dois. Vale qualquer estilo, qualquer gênero, qualquer tipo de filme. Selecionei meus preferidos para entrar nesse meu Top 5 - Edição especial Dia dos Namorados. Por isso, pegue seu travesseiro de orelhas, cobertor fofinho, pipoquinha saborosa e um guaraná para dar aquela energia e porque combina com pipoca.


5. Homem gosta de sentir que nos protege, por mais que nós, mulheres do século XXI, saibamos que toda essa proteção não é mais necessária. Então, indico no número 5 um bom suspense. O Iluminado, de Stanley Kubrick, é a melhor pedida. Tensão durante todo o tempo do menininho, seu pai e sua assustada mãe em um hotel isolado. Dá para fingir que está com medo, agarrar no braço do ser amado e fazer aquele olhar que só nós conseguimos fazer: me protege?


4. Essa dica é especialmente para os homens que nos adoram ainda mais no nosso estado mais vulnerável: Ghost - Do outro lado da vida, de Jerry Zucker. Mulher que se preze, chora ao assistir esse clássico da Sessão da Tarde. Ver o pobre homem sendo morto a pedido do melhor amigo e este tentando conquistar sua mulher não é para qualquer estômago. Com a toalhinha do lado e braços torneados para protegê-la, a cena da cerâmica já não fica tão triste assim.


3. Love Story, de Arthur Hiller. Este tem todos os ingredientes de um bom filme de amor: intrigas, dificuldades, desaprovação do amor, morte do ser amado. O suficiente para sentimentalizar os corações dos jovens apaixonados. Porque "amar... é jamais ter de pedir perdão".


2. Estamos chegando na reta final. Mas antes vale indicar Paris, Eu Te Amo, de vários diretores. Nele, você tem lindas histórias de amor que reúnem comédias, dramas, suspense... E tudo isso com o país dos amantes de tema. Esse é do tipo que agrada qualquer gênero.


1. Finalmente! Para quem me conhece, sabe que sou absurdamente louca pelas histórias de Jane Austen. Não para menos, o meu número um neste dia tão emotivo, em que até uma água do esgoto se transforma em colônia inglesa; é Orgulho e Preconceito, de Joe Wright. É lá que o amor é retratado em sua melhor essência, no seu valor original. Eu sei, é bem mais mulherzinha. Cara leitora, ter pulso em um relacionamento é primordial. Por isso, faça aquela carinha de "por favor" que só nós sabemos fazer e inspire Jane Austen com seu amado!


quinta-feira, 29 de maio de 2008

Minha fase "mamãe-tenho-80-anos"


Estou numa fase completamente nostálgica, não pelo que vivi mas pelo que não vivi há 70 anos. O primeiro sintoma, leitor, é fácil identificar: você já não reconhece as músicas pops da rádio. Não satisfeito, cantarola Billie Holiday, Nina Simone e Frankie (o Sinatra) pelas ruelas de sua cidade. Sem o chacoalho das ancas pois não quer se passar por fácil demais aos pãezinhos da cidade. O segundo sintoma são os filmes. Ah, esses benditos colorem, ou melhor, tiram o colorido de suas tardes (e de sua TV).

Enfim, adquiri um box da Bette Davis (que não inclui A Malvada, vou logo adiantar). Decidi assistir o primeiro pois ia passar um filme de faroeste no TCM, e este é o único canal que estou assistindo no momento, com direito a I Love Lucy de madrugada. Como seria uma tarde longa, sem muitos afazeres, escolhi o com maior tempo de duração: 2h 30 min. Então aguardei a saída triunfal de minha irmã ao estágio e ocupei sua sala como um Hitler em qualquer país europeu.

Atenção, o filme já vai começar. Warner Bros Pictures tem o prazer de apresentar A Vaidosa (Mr. Skeffington), de Vincent Sherman. Uma mulher rica e desejada (Bette Davis, obviamente), um primo conselheiro, um irmão desajustado, vários pretendentes e oh! O Sr. Skeffington. Vou tentar resumir o filme: Fanny (a tal mulher desejada e Bette Davis) é extremamente vaidosa e mora com seu irmão, que rouba da empresa do Sr. Skeffington. Ela, com a esperança de dar um futuro melhor a ele, casa-se com o ricaço. O sábio George gosta muito do cavalheiro com a esperança de que os intrusos que pedem a mão de Fanny em casamento sumam da mansão. Que nada! Eles continuam a perturbar a residência. A vaidosa e o sr. Skeffington têm uma filha, a Fanny Filha.

No entanto, a garotinha não nasceu com a beleza da mãe. Fanny-mãe continua dando trabalho ao marido com as propostas de casamento. Neste meio tempo, o irmão dela morre na guerra e ela passa a culpar o ricaço pelo ocorrido. Assim, o rejeita de tudo quanto é forma e ele parte em busca de aventuras amorosas. Quando ela descobre, se separa do bondoso, porém danado sr. Skeffington e este parte em rumo de suas origens judias na Europa durante a temida Segunda Guerra Mundial.

Não deu outra: acabou em um campo de concentração e Fanny-mãe com uma difteria. Dessa forma, ela perde sua beleza (palmas para a maquiagem que realmente envelheceu Bette Davis em uns cinquenta anos depois de deixá-la mais bonita que a Imperatriz Sissi) e seus pretendentes. Acaba humilhada por sua filha casar com o rapaz mais jovem que ela estava envolvida antes da doença. Sozinha, recebe a surpresa visita do sr. Skeffington e (pasmem!!) ele está cego.

George, o primo conselheiro, termina o filme com a abstração que todos poderiam ter: Para ele, ela continuará sempre linda. Assim, a corneta anuncia o The End da história. O filme é extremamente interessante, seja pelos recursos técnicos usados ou mesmo a trama envolvente. Uma ótima pedida para os admiradores dos clássicos.
Foto: videodetective.com

domingo, 25 de maio de 2008

Qualquer semelhança é mera coincidência?



O título é realmente uma pergunta. E explico: com um tempo de sobra, assistir filmes clássicos dublados no TCM às 14 horas virou religião. E na última sexta me deparei com Judy Garland em A Noiva Desconhecida, de Robert Z. Leonard. No começo, confesso que achei tudo normal. Tropeços com um rapaz no meio da rua é até engraçado. Mas o filme me pareceu familar quando cartas foram se tornando peças fundamentais no filme. Daí a Garland pedir um emprego na loja do mesmo rapaz, relacionei logo a um filme que assisti há pouco tempo: A Loja da Esquina, de Ernest Lubitsch.


Posso até ser uma completa desinformada, mas foi uma descoberta fenomenal que A Noiva Desconhecida também serviu de inspiração para Mensagem para Você, o clássico romântico de Nora Ephron. No final do filme, já fiquei cansada dessa história batidinha de um casal se amar por meio de cartas e se odiarem na "vida real". E é uma daquelas situações de comédias românticas que afastam quem os assistem pelo simples fato de ser uma situação completamente distante do real.


Não estou dizendo que a maior parte das comédias românticas são fáceis de acontecer com qualquer homo-sapiens, mas é o tipo de filme que suga, principalmente o público feminino, para uma outra dimensão, aonde todos se amam e os finais são sempre felizes. Sim, os três filmes já citados têm seu final feliz e todos se amam. Mas é MUITA coincidência para uma vida só. Então, amiga, se isso acontecer com você, cai matando pois é uma história de um em zilhões.


Deixo o espaço dos comentários para relatos reais do fato. Estou totalmente incrédula.